O porquê deste site?

A meta ao realizar essa coletânea de fotos é estritamente pessoal. Como nunca utilizamos agências de viagem para organizarmos nossos roteiros, o planejamento sempre foi uma etapa de pesquisa bastante trabalhosa, mas igualmente prazerosa. Na realização do planejamento sempre buscamos equilibrar as preferências de cada um além da diversidade de meios de transporte. Dirigir por lugares desconhecidos nos proporcionou sempre explorar o interior de países como por exemplo França e Itália. O trem e mais recentemente os cruzeiros acrescentou variedade de experiências valiosas. A terceira etapa é poder reviver os momentos inesquecíveis através das fotos. A organização desses registros de momentos da viajem permite guardar memórias de momentos especiais. A tecnologia nos oferece esta oportunidade de organizar nossas recordações como um legado de realizações. Abre uma janela para revisitarmos as cidades que mais amamos e os inúmeros museus.

Não há a pretensão de fazer uma exposição de fotos fantásticas nem de expor publicamente o que realizamos, mas compartilhar com pessoas íntimas o nosso caminhar pelo mundo.

 

 

Caminhando pelo Mundo – Juan e Beth

Caminhar pelo mundo significa explorar lugares novos, conhecer culturas países e pessoas, arriscar diante do desconhecido, se admirar com o novo e com o inesperado, respeitar o diferente, vivenciar com prazer experiências e aprender até mesmo com o que não dá certo.

Aos 20 anos ele já partia numa aventura rumo ao desconhecido, com pouco recursos, mas rico em sonhos e planos para o presente e futuro. Mas nada com esse jovem podia ser corriqueiro.

Trabalhando num cargueiro Norueguês em troca da passagem iniciou a sua caminhada pelo mundo ao chegar ao porto de Baltimore, USA. Desta vez, ainda sozinho, iniciou em Los Angeles uma etapa definitiva de estudos e trabalho. Resiliência, criatividade e muita garra foram ingredientes indispensáveis na vida do estudante que por ser imigrante foi convocado para a guerra do Vietnam. Benditas varizes o salvaram de uma luta sem sentido num conflito no qual nem mesmo americanos consideravam justo.

No Brasil deixou um amor que sobreviveu a distância através de cartas, gravações e uns poucos telefonemas. O casamento por procuração aconteceu um ano e meio depois. Com visto de imigrante, a noiva, até então tímida e cautelosa, se lançou na aventura de ser estudante-imigrante, sem medo de enfrentar uma vida num país estrangeiro com esse parceiro com quem pouco havia convivido até então. De 1965 à 1972, o convívio acadêmico e social dentro do campus universitário, com pessoas de todas as nacionalidades, despertou em nós o desejo de estar sempre em contato com outras culturas. Viajamos bastante na Califórnia, Flórida e México.  Ainda estudantes, planejamos nossa primeira viajem a Europa na companhia de um casal amigo. Nosso guia,” Europe on five dollars a day” (Arthur Frommer) seguido rigorosamente por nós, permitiu que pudéssemos manter o nosso budget de 10 dólares por dia. Nossos salários de estudantes, somado a uma indenização por ter atravessado a porta de vidro de um restaurante italiano de Westwood Village, financiou uma viajem de 90 dias temperada com humor e juventude Visitamos 11 países em 3 meses, acampamos ou nos hospedamos em pousadas simples, percorremos auto estradas e principalmente estradas secundárias para evitar o pagamento de pedágio dirigindo um Renault alugado numa época que ainda não existia a União Europeia, internet e GPS. Esta foi uma pincelada de ilusão de que poderíamos repetir essa façanha muitas vezes, facilmente após nosso retorno definitivo ao Brasil. No entanto ela serviu como aperitivo que despertou o gosto do caminhar pelo mundo.

De volta, o mundo real, a busca por trabalho, a construção do apartamento na Barra, a felicidade e responsabilidade com os filhos, abriu um hiato nas viagens a Europa .  Tivemos sim a satisfação de levar os filhos para conhecer nossa universidade, Disneyland, Disneyworld e visitar os familiares cubanos em Miami. Viajamos também pelo Brasil, Argentina e Chile.

Em 2000 retomamos o nosso caminhar pelo mundo! Esse mundo enorme tão cheio de contrastes, do qual mal conhecemos apenas 1/3. No entanto o apetite por mais é imenso e enquanto pudermos, continuaremos a planejar em busca de outras emoções! Uma coisa é certa cada viajem é especial e única. Depende do momento que a pessoa está vivendo, da sua idade e da sua capacidade de encontrar prazer, alegria e aprendizagem por onde passa. Ao olhar para os caminhos percorridos somos capazes de olhar com humor até para aqueles momentos em que perdemos um trem, da bagagem roubada, da pneumonia, das costelas fraturadas, da perda de um voo etc.

Ao caminhar como parceiros, construímos capítulos de prazer e alegria na nossa história, tesouros preciosos de cada momento juntos!